EUTANÁSIA – PSD TENTOU ADIAR VOTAÇÃO EM MOMENTO “VERDADEIRAMENTE TENEBROSO” MAS NÃO CONSEGUIU
Adão Silva lamentou “muito” não haver consenso para adiar a votação final da lei
O PSD propôs, no passado dia 28 de janeiro, mas não conseguiu, adiar “por algumas semanas” a votação final global da despenalização da morte medicamente assistida.
Para ser adiada a votação, o regimento da Assembleia impõe um consenso, o que não foi conseguido na conferência de líderes, dado que apenas o CDS apoiou as pretensões do PSD e Bloco de Esquerda, Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e Iniciativa Liberal (IL) se opuseram.
Adão Silva afirmou que seria desejável afastar a votação de uma lei como a da eutanásia, que “tem a ver com estas questões da vida e da morte”, do atual momento de pandemia que “é verdadeiramente tenebroso” com as mortes por covid-19.
“Há aqui uma atmosfera de grande ansiedade, de grande medo por parte das pessoas que tem a ver com estas questões da vida e da morte”, justificou o líder parlamentar dos social-democratas.
Adão Silva disse lamentar “muito” que não se tenha adiado a votação.
O CDS-PP, que esteve ao lado do PSD, adiou a votação na especialidade, há duas semanas, impedindo que a lei chegasse ao Palácio de Belém para decisão do Presidente da República em plena campanha presidencial para as eleições de 24 de janeiro.
Antes, os deputados já tinham aguardado, em 2020, que o parlamento decidisse uma proposta de referendo à eutanásia, por iniciativa popular, que foi chumbada em outubro, para fazer a discussão da lei na especialidade, em comissão.
Fontes: RR/Público/RTP/Observador/Sic Notícias/PSD